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Resumo: A principal via de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV-1) em crianças é a transmissão materno-infantil (TMI). Diversos fatores podem estar associados com a TMI do HIV-1. Acredita-se que indivíduos homozigotos para o alelo CCR5-?32 são resistentes à infecção pelo HIV-1. Considerando que ainda permanece controverso o papel dos mecanismos envolvidos, especificamente o de polimorfismos de genes associados à infecção do HIV-1, este estudo avalia a influência da deleção do gene CCR5 na TMI da infecção pelo HIV-1. Foram avaliadas 82 duplas de mães e filhos, sendo 56 duplas em que não ocorreu a TMI e 26 em que ocorreu a TMI do HIV-1. Na presente casuística, não detectamos diferenças significantes ao compararmos a presença da deleção do gene CCR5 na TMI, nas duplas de mãe e filhos, mas observamos que há uma predominância da presença da deleção nos filhos não infectados em comparação aos que foram verticalmente infectados. Relativo aos dados socio-demográficos, a utilização da terapia antirretroviral na gestação e parto foram significantemente associados com a proteção da TMI do HIV-1(p= 0,0001 e p= 0,014, respectivamente). Assim, a promoção de intervenções que reduzam a carga viral materna são fundamentais para a redução da TMI do HIV-1. Várias são as estratégias de prevenção da TMI, entretanto, crianças ainda são infectadas, evidenciando-se que ainda há um amplo desafio na sua prevenção. Nesse contexto, a enfermagem pode contribuir com ações que envolvem o pré-natal, parto e puerpério, realizando aconselhamento quanto à realização do teste anti-HIV, utilização de antirretrovirais, promoção e o apoio de práticas ideais de alimentação infantil.
Influência do polimorfismo do gene do CCR-5 na transmissão ...
Agustoni, Camila de Almeida