Problemas de comportamento e resultados do tratamento com alarme para enurese primária
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Autor: Arantes, Mariana Castro
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: Não há consenso entre os estudos quanto à associação entre a presença de problemas de comportamento e resultados piores no tratamento com alarme para enurese. O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência de associações entre a presença de problemas de comportamento e os resultados do tratamento com alarme para enurese primária com acompanhamento semanal de um terapeuta. Os participantes foram 20 crianças com enurese primária, 13 do sexo masculino e 7, do sexo feminino, com idades entre seis e dez anos. Metade das crianças apresentava escores clínicos indicativos de problemas de comportamento segundo o Child Behavior Checklist. As oito crianças sem problemas de comportamento que concluíram o tratamento alcançaram o critério de sucesso inicial (14 noites secas consecutivas) e apenas duas desistiram. Das dez crianças com problemas de comportamento, somente metade atingiu o sucesso inicial, quatro desistiram e uma completou o período de tratamento e não obteve sucesso. Essas diferenças nos resultados finais não foram significativas em termos estatísticos. Também não foram encontradas diferenças significativas nas taxas de recaídas entre as crianças com e sem problemas de comportamento. Quatro das oito crianças sem problemas de comportamento que haviam alcançado o critério de sucesso inicial apresentaram recaídas e quatro conseguiram manter o controle noturno adquirido. Das cinco crianças com problemas de comportamento que alcançaram o sucesso inicial, três, apresentaram recaídas e duas, enquadraram-se no critério de sucesso continuado. A única diferença estatística encontrada entre os dois grupos de crianças foi no tempo de tratamento necessário para alcance do critério de sucesso inicial. Em 12 semanas de tratamento, a probabilidade de atingir o sucesso inicial foi de 86,11% para as crianças sem problemas de comportamento e de 10% para as crianças com problemas de comportamento. em 20 semanas, a probabilidade foi de 100% para as crianças sem proble