Estudo comparativo in vitro entre preparações de imunoglobulina G, para uso intravenoso, obtidas de plasma humano de variadas procedências e processadas por diferentes técnicas de separação
Classifique:
Autor: Barna, Geny Aparecida de Oliveira
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Os efeitos protetores da imunidade humoral são medidas por uma família de glicoproteínas chamadas anticorpos ou imunoglobulinas. As preparações de imunoglobulina G (IgG) utilizadas em nosso país são importantes. No Brasil, a primeira preparação de IgG foi obtida na Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo em 1993. O presente estudo avaliou preparações de IgG obtidas de misturas de plasma humano de variadas procedências, inclusive a preparação obtida no Brasil. Foram avaliados os seguintes parâmetros: concentração protéica, distribuição das subclasses da IgG, atividade de anticorpos específicos e segurança quanto a agentes patogênicos transmissíveis pelo sangue. Em algumas preparações, a concentração protéica de IgG e a distribuição das suas subclasses estavam fora das especificações. As preparações apresentaram atividade de anticorpos específicos contra os vírus das hepatites A e B, do herpes simples, da rubéola, citomegalovírus. contra a bactéria Streptococcus pyogenes β.-hemolítico do grupo A e contra o parasita Toxoplasma gondii. A qualidade de matéria-prima utilizada em algumas das preparações de IgG não foi adequada em função de reações positivas para anticorpos contra alguns agentes infecciosos, tais como HTLV I/II, HAV, HBV, HCV e Treponema pallidum. Esse estudo também mostrou a necessidade de se implantar urgente um programa abrangente para avalição das preparações de IgG a serem consumidas pela população brasileira.