Movimentos mandibulares na fala: eletrognatografia nas disfunções temporomandibulares e em indivíduos assintomáticos
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Autor: Bianchini, Esther Mandelbaum Gonçalves
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Os movimentos mandibulares utilizados na fala modificam os espaços para viabilizar as diversas posturas articulatórias próprias de cada som. As disfunções temporomandibulares podem acarretar alterações gerais nos movimentos mandibulares devido à modificação nas condições musculares e articulares. A eletrognatografia, exame computadorizado utilizado para complementar o diagnóstico dessas disfunções, permite delinear e registrar de maneira objetiva os movimentos mandibulares, determinando sua amplitude e velocidade. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar a caracterização dos movimentos mandibulares na fala para o Português Brasileiro, em indivíduos com disfunções temporomandibulares e em indivíduos assintomáticos, por meio de eletrognatografia computadorizada, analisando possíveis interferências dessas disfunções quanto à: velocidade de abertura e fechamento mandibular. amplitude vertical, anteroposterior e lateral desses movimentos. Para tanto, 135 participantes adultos foram divididos em dois grupos: GI com 90 participantes com disfunções temporomandibulares e GII com 45 participantes assintomáticos. Foi realizada ainda verificação desses movimentos com base nos graus de dor, utilizando-se escala numérica, sendo: zero para ausência de dor, 1 para dor leve, 2 para dor moderada e 3 para dor grave. Os movimentos mandibulares foram observados na nomeação seqüencial de figuras balanceadas quanto à ocorrência dos fonemas da língua. Os registros foram obtidos com eletrognatografia computadorizada (BioEGN - sistema BioPak) por meio da captação dos sinais de um magneto sem interferir na oclusão e na extensão dos movimentos. A análise dos resultados mostrou diferenças estatisticamente significantes entre as médias dos valores obtidas para os dois grupos quanto à amplitude de abertura e amplitude de retrusão, e entre as médias de velocidade tanto de abertura quanto de fechamento mandibular na fala. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes e