Por linhas e palavras: o projeto gráfico do livro infantil contemporâneo em Portugal e no Brasil
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Autor: Cortez, Mariana
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: O trabalho que se apresenta tem por objetivo investigar a composição gráfica dos livros infantis. O corpus da pesquisa compreende as décadas de 1980 e 1990 e os primeiros anos do século XXI, em Portugal e no Brasil, a partir da seleção dos autores Manuela Bacelar (Portugal) e Roger Mello (Brasil). A escolha do corpus se justifica, pois ambos são, inicialmente, ilustradores para, em seguida, tornarem-se autores com dupla vocação, isto é, produtores de textos verbais e visuais. Além dessa característica, ambos desenvolveram uma produção literária voltada ao público infantil em que impera a diversidade de estratégias e relações entre sistemas semióticos, por exemplo: autores de livros de imagens, autoresilustradores de livros ilustrados e autores de livros-álbum. Essa última modalidade, em que há a integração dos textos verbal e visual, está no centro das discussões. A reflexão sobre o desenvolvimento desse gênero de texto à luz da Semiótica discursiva de linha francesa, a qual também fundamentará todas análises realizadas, compõe o primeiro capítulo deste trabalho de tese. Em seguida, abremse as portas para os livros infantis portugueses e o desenvolvimento do livro-álbum em Portugal, bem como serão realizadas análises minuciosas de três obras de Manuela Bacelar, a saber: O dinossauro (1990), A sereiazinha (1995) e Sebastião (2004). Cada uma das obras será abordada tendo em vista as diferentes relações entre palavra e imagem e a composição final em um projeto gráfico que deveria constituir um todo de sentido. Assim, as obras se diferenciam, pois O dinossauro é um livro-álbum, em que Bacelar é autora de dupla vocação. A sereiazinha é um livro-ilustrado, em que a autora portuguesa ilustra o clássico de Hans Christian Andersen e Sebastião exemplifica aquele gênero, em que, por meio de imagens, a artista plástica conta a história. No terceiro capítulo, o contexto brasileiro é colocado em foco e surge o trabalho em equipe, ou seja, uma equipe de profissionais é for