Bruxismo na infância: estudo clínico aleatório sobre fatores relacionados à ocorrência e influência na qualidade de vida
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Autor: Costa, Soraia Veloso da
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: O bruxismo na infância é uma ocorrência frequente e o seu diagnóstico ainda suscita questionamentos por parte de pesquisadores e clínicos. Este hábito parafuncional tem impacto direto na qualidade de vida não só da própria criança como também de seus familiares mais próximos, além de ser considerado importante fator de risco para disfunções temporomandibulares. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência do bruxismo em crianças pré-escolares além de identificar fatores relacionados à sua ocorrência e avaliar o impacto que este hábito causa na qualidade de vida da criança e de seus familiares. A amostra constituiu de 475 crianças entre 4 e 5 anos de idade, de ambos os gêneros, regularmente matriculados nas escolas municipais da cidade de Bauru/SP. Os pais/responsáveis responderam a dois questionários, um para avaliar a presença de bruxismo em seus filhos e fatores relacionados e um segundo que foi a versão brasileira validada do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS), para avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde bucal das crianças e de seus familiares. Exame clínico intrabucal foi realizado por dois examinadores calibrados (Kappa=0,82) no próprio ambiente escolar. Os dados foram devidamente analisados por meio de estatística descritiva e dos testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Coeficiente de Correlação de Spearman. Foi adotado nível de significância de p<0,05. A prevalência do bruxismo foi de 47,4% na amostra estudada. A ocorrência do mesmo foi distribuída em sempre (11,8%), às vezes (25,3%), raramente (10,3%), não ocorre mais (3,6%) e nunca (49,1%). Avaliando a oclusão das crianças, a relação de caninos Classe I e a sobressaliência acentuada foram relacionadas com maior prevalência do bruxismo. Quando comparados tipos específicos de hábitos bucais como: roer unhas, morder lábios, mascar chicletes e respirar pela boca também apresentaram relação. Crianças com sono agitado apresentaram maiores episódios de bruxismo, d