A suspeita de uso de drogas influi na administração de analgésico opióide?
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Autor: Kreling, Maria Clara Giorio Dutra
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Introdução: A literatura sugere que o medo da dependência de opióides é uma barreira para o alívio da dor, especialmente quando há suspeita de uso desses fármacos. No entanto, essa hipótese carece de testes empíricos. Objetivos: Comparar a conduta de profissionais de enfermagem na administração de analgésicos opióides e não opióides, quando há ou não suspeita de que o paciente seja usuário de drogas. identificar a prevalência de pacientes com suspeita de uso de drogas e conhecer as características dos pacientes que os profissionais de enfermagem consideram como sugestivas de uso de drogas. Método Estudo transversal com pacientes e profissionais de enfermagem (auxiliares e técnicos). Foram incluídos 507 pacientes com trauma ortopédico e prescrição de analgésico opióide, internados em quatro hospitais de Londrina, Paraná, entre fevereiro de 2011 a março de 2012, e 199 profissionais responsáveis pela administração de medicamentos a esses pacientes. Cada paciente recebeu a avaliação de três profissionais e considerou-se paciente suspeito aquele indicado por pelo menos um profissional. O desfechos principais foram a 1) quantidade administrada de analgésicos opióides e não opióides prescritos em regime se necessário e em horário fixo nas últimas 24 horas. 2) prevalência de pacientes suspeitos de uso de drogas. 3) condutas dos profissionais frente à solicitação do opióide. 4) Características dos pacientes que os profissionais consideram sugestivas de uso de drogas. Nas análises utilizaram-se os testes de Qui quadrado, Fisher e Mann-Whitney, e nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de pacientes suspeitos foi de 6,86%, maior em homens (p<0.036) e jovens (p<0,001). Os pacientes suspeitos receberam mais opióides se necessário (p=0,037) e até 30% da dose máxima possível, contra até 20% para os não suspeitos. A administração entre suspeitos e não suspeitos não diferiu quanto aos opióides prescritos em horário fixo, no entanto, deixou-se de administrar 10