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Resumo: Nesta tese analisam-se correntes da teoria política que fundamentam a condução das ações individuais na vida política e social na racionalidade. Nessa perspectiva, apresenta-se a disputa existente entre um conceito procedimental de justiça e um conceito de ética procedimental fundada na existência de uma comunidade cultural de valores. Discute-se a guinada teórica de Habermas que, ao passar do medium linguagem para o medium direito, traz um elemento novo a sua teoria, compreendendo que a judicialização nas sociedades pós-tradicionais forma um parâmetro dinâmico que orienta a ação individual em direção a laços solidários. Apresenta-se em seguida o debate liberalismo versus comunitarismo, apresentando os ganhos analíticos trazidos pelas reflexões hermenêuticas de Charles Taylor sobre a formação dos valores éticos que guiam a formação da modernidade. Mas de Taylor se distancia por tomá-lo como excessivamente culturalista em seu conceito antropológico sobre a natureza humana. Pela análise epistemológica da metodologia de estudo de caso normativo, investiga-se a interpretação de Jessé Souza sobre o processo de naturalização das desigualdades no Brasil. O objetivo é problematizar sua interpretação bourdieusiana das relações sociais por tomá-las demasiadamente presas a uma racionalidade instrumental. Como alternativa analítica, apresentam-se as contribuições de Axel Honneth e, como ele, sustenta-se que os fundamentos de interação e emancipação social se dão com relações de reconhecimento recíproco estruturadas sobre uma ética formal.
Ética procedimental e racionalidade da ação: uma leitura c ...
Moraes, Renato Almeida de