A trajetória da infância à adolescência com implante coclear: vivência de mães
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Autor: Yamada, Midori Otake
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: A família é sempre um fator de grande importância no processo de habilitação da criança com implante coclear. O desenvolvimento da linguagem depende do envolvimento dos pais no processo de habilitação e exige um compromisso contínuo, para que a criança com deficiência auditiva tenha benefícios com o seu implante coclear. A família tem assumido uma sobrecarga significativa ao longo do processo, trazendo repercussões na vida familiar e nas próprias necessidades e interesses. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é compreender a vivência de mães, na trajetória da infância à adolescência de seus filhos com implante coclear, buscando apreender os significados e sentidos atribuídos por elas nessa experiência. O estudo foi de natureza qualitativa e o método utilizado foi a investigação fenomenológica, que consiste na apreensão do fenômeno tal como ele se manifesta para a pessoa que o vivencia. Foram entrevistadas 12 mães das primeiras crianças que realizaram a cirurgia, no programa de implante coclear do Centro de Pesquisas Audiológicas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo. Os depoimentos, mediados por uma questão norteadora e submetidos ao processo de análise fenomenológica, revelaram as seguintes categorias temáticas: A ressonância subjetiva do diagnóstico. Conhecendo o implante coclear e tomando decisões. A vivência da angústia na cirurgia. O nascimento da audição. Vivenciando o cotidiano no processo de habilitação. A experiência de momentos críticos no percurso da habilitação. Relações familiares. A fase escolar: uma nova etapa de enfrentamento. O processo do adolescer vivenciado com superproteção e com novos desafios. O apoio do psicólogo, da equipe e outros. Temporalidade e projetos de vida. Foi utilizado o referencial teórico de Romero, que nos levou à compreensão da vivência dessas mães, a partir da afetividade, que é o modo como elas são afetadas subjetivamente na sua relação com o mundo e, nessa relação, mo