Pontes (ir)reais sobre abismos virtuais - questões do ensino e da aprendizagem de inglês e a presença das novas tecnologias na escola pública
Classifique:
Autor: Alegretti, Cecília Barão
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: A mudança do paradigma analógico para o digital, emergente da revolução tecnológica pela qual passamos, juntamente com o grande interesse atual pelo uso das TICs nos processos de ensino e aprendizagem da língua inglesa, motivaram esta pesquisa. Com o objetivo de investigar os processos de (des)construção de sentidos tanto dos alunos como dos professores, além de vivenciar a complexidade que emerge das aulas de inglês pensadas a partir da presença das TICs, a pesquisa se desenvolveu em duas fases: 1) elaboração do projeto Familiarização com o uso da língua inglesa através do computador, implementado na escola pública com alunos do quinto ano do Ensino Fundamental, e, 2) a observação, no ano seguinte, de aulas de inglês e de informática, para uma turma de sexto ano da rede pública. A pesquisa mesclou as metodologias qualitativa (MAXWELL, 2005), interpretativa (ERICKSON, 1986) e de fundo etnográfico (GEERTZ, 1973), enquadrando-se no gênero da autoetnografia (PRATT, 1992. ELLIS. ADAMS. BOCHNER, 2011). Os dados, aqui chamados de momentos significativos, ou seja, momentos que apontam para aspectos da mudança de paradigma de analógico para digital foram analisados a partir dos pressupostos das teorias pós-coloniais (BHABHA, 1994), pós-modernas (VATTIMO, 2004), do letramento crítico (MENEZES DE SOUZA, 2011. SHOR, 1999), dos novos letramentos (LANKSHEAR. KNOBEL, 2003. BURGESS. GREEN, 2009) e multiletramentos (COPE. KALANTZIS, 2000). A análise dos momentos significativos corroborou a hipótese de que há uma relação entre os processos de ensino e aprendizagem de inglês e as novas tecnologias que pode contribuir para mudanças na construção de sentidos dos atores envolvidos. Para tanto, é necessário haver um forte investimento no processo de autoletramento crítico por parte do professor. Entendido como exercício de auto-observação no encontro com o outro durante o processo de construção de sentidos, o autoletramento crítico pode auxiliar na compreensão da complexidade d