Relação entre o posicionamento dos túneis na reconstrução do ligamento cruzado anterior e as avaliações funcionais em atletas
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Autor: Fernandes, Tiago Lazzaretti
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: INTRODUÇÃO: A incidência de rotura do LCA aumentou, principalmente, entre atletas jovens. Além disso, esta população possui compromissos esportivos e necessidade de retornar às atividades em curto prazo. O posicionamento dos túneis é uma das variáveis mais importantes no sucesso da reconstrução do LCA em que o cirurgião pode intervir. Apesar de existirem trabalhos sobre reconstrução do LCA e avaliações funcionais, poucos estudos prospectivos avaliam a relação entre o posicionamento radiográfico dos túneis e os resultados clínicos. Portanto, o objetivo do presente estudo é avaliar a relação entre o posicionamento radiográfico dos túneis na reconstrução do LCA e as avaliações funcionais de atletas no período de retorno ao esporte. MÉTODOS: O estudo foi conduzido prospectivamente em 86 atletas (23 ± 5,9 anos, 63 homens) com lesão do LCA submetidos à reconstrução artroscópica pela técnica transtibial no Grupo de Medicina do Esporte do IOT HC-FMUSP, de 2008 a 2010. Realizadas radiografias digitais (aparelho Duo Diagnost InRad) nos planos coronal, sagital e incidência de túnel e mensurações no sistema iSite PACS HC-FMUSP (Philips). Coletados protocolos de Tegner, Lysholm, IKDC objetivo, IKDC subjetivo e retorno ao esporte aos seis e 12 meses (m). Avaliada força de associação pelo teste de correlação de Pearson, regressão logística e ANOVA, p<0,05 (STATA 10). RESULTADOS: Radiografias projeção plano coronal (fêmur 38 ± 4%. tíbia 43 ± 3%), projeção plano sagital (fêmur Amis 62 ± 7%. fêmur Harner 74 ± 8%. tíbia 39 ± 6%), inclinação do enxerto (plano coronal 190 ± 40. incidência túnel 190 ± 50). Avaliações funcionais: Lysholm (6m = 87 ± 10,7. 12m = 91 ± 12,2), Tegner (6m = 5 ± 1,4. 12m = 7 ± 1,8), IKDC subjetivo (6m = 75 ± 13,8. 12m = 85 ± 14,5), retorno ao esporte em 12m (66,7%). Projeções sagitais de túneis femorais por sobre a linha de Blumensaat ( de Pearson = -0,33, p = 0,02), assim como túneis tibiais no plano coronal ( de Pearson = 0,35, p = 0,01) e sagital (F