Analise do tratamento das hepatites virais B e C nos usuários atendidos pelo Sistema Único de Saúde no estado do Amapá
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Autor: Kubota, Kaori
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: As hepatites são as causas mais comuns de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (HCC) no mundo, sendo as infecções por Vírus da Hepatite B (HBV) e Vírus da Hepatite C (HCV) consideradas aquelas de maior importância como problemas de saúde pública, devido ao grande número de indivíduos atingidos (cerca de 350 milhões com hepatite B crônica e 170 milhões com HCV). No Brasil, avaliações realizadas nas últimas décadas sugerem que a endemicidade da hepatite B na região amazônica não tem decaído, com o agravante da precariedade do acesso aos cuidados de saúde nessa região. Assim, este estudo tem por objetivo avaliar o tratamento dispensado aos pacientes com hepatites virais B e C no Amapá, que faz parte da Amazônia Legal, para que seja possível conhecer a situação da saúde publica dessa localidade. A coleta de dados foi realizada em um centro de referência que centraliza o atendimento aos pacientes portadores de hepatite B e C, por meio de instrumento de coleta de dados previamente validado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (CEPFCFRP/USP), entre 1º de julho de 2007 e 30 de junho de 2009, e o programa estatístico EPI INFO, versão 3.5.1, foi utilizado para o lançamento e análise dos dados coletados. Foram incluídos 123 pacientes suspeitos ou portadores de hepatites virais B e/ou C, com idade média de 48,3 anos e 85,4% dos indivíduos entre 30 e 69 anos de idade, sendo 55,3% do sexo masculino, 61,0% casados, 82,1% residentes em Macapá, e 39,0% encaminhados por detecção de suspeita através de exames de rotina/pré-operatório ou pelo HEMOAP. Somando-se monoinfecções e coinfecções, 66,4% e 33,6% eram de pacientes infectados por HCV e HBV, respectivamente, sendo que os crônicos eram 61,0%. O acompanhamento clínico/ambulatorial desses pacientes foi inferior a 6 meses em 52% dos casos, e 40,0% apresentavam algum grau de severidade da doença, mas em 28,6% e 65,1% desses paciente