Tratamento ambulatorial da neutropenia febril
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Autor: Bellesso, Marcelo
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: INTRODUÇÃO: A neutropenia febril (NF) é uma complicação freqüente e potencialmente fatal no manejo do paciente onco-hematológico. Estudos recentes demonstram que a NF consiste em um grupo heterogêneo de pacientes com riscos variados. Nosso objetivo foi avaliar a taxa de falência ao tratamento de primeira linha, taxa de internação e óbito. Além disso, estudamos as variáveis clínico-laboratoriais em relação aos desfechos, a validação do índice Multinational Association for Supportive Care of Cancer (MASCC) modificado e a taxa de positividade de hemocultura e urocultura, como também o perfil de sensibilidade ao cefepima. CASUÍSTICA E METODOLOGIA: Estudo retrospectivo unicêntrico. Os dados foram obtidos através dos prontuários do Hospital-Dia no período de Julho de 2001 a Junho de 2006. Foram avaliados eventos com NF tratados com cefepima 2g (2x/dia), associado ou não, a teicoplamina 400mg/dia. RESULTADOS: Em 128 pacientes, estudamos 178 eventos de NF. A taxa de falência ao tratamento de primeira linha foi de 36,5%, taxa de internação 20,7% e óbito em 6,2% entre os eventos de NF. Na análise multivariada do estudo das categorias clínico-laboratoriais e dos desfechos encontramos como dados significantes em relação ao risco da falência ao tratamento de primeira linha: Idade < 60 anos (OR: 2,11 IC95%: 1,71-2,51, p = 0,004) e creatinina sérica > 1,2mg/dL (OR: 7,19, IC95%: 1,81 30,71 p= 0,005). Os dados significantes para o risco de internação foram: Ausência do diagnóstico de Linfoma não - Hodgkin (OR: 2,42 IC95%: 2,04 2,8, p= 0,011) Tabagismo (OR: 3,14, IC95% 1,14 8,66, p=0,027) e creatinina sérica > 1,2mg/dL (OR: 7,97, IC95% 21,19 - 28,95, p=0,002). Em relação ao óbito, o único dado de risco significante foi a saturação de oxigênio < 95% (OR: 5,8, IC95% 1,50 - 22,56, p = 0,011). Em relação ao índice MASCC modificado e seu impacto sobre os desfechos obtivemos os seguintes resultados: Falência do tratamento de primeira linha e (baixo risco versus alto risco): 35,2